No Português, nós somos mestres na arte de substituição de palavras por esquecimento. Não que somos especialmente esquecidos. O que acontece é que a nossa língua é flexível o suficiente para nos permitir improvisar vocábulos instantaneamente esquecidos, como em: João, me passe aquele negócio logo ali. Nesse exemplo, você talvez não foi capaz de saber do que se trata esse negócio, mas de forma contextualizada, João sem hesitar soube exatamente o que estava sendo pedido. Se esse diálogo tivesse sido transcrito em Inglês, João também seria tão capaz de entender a mensagem quanto foi em Português. Veja:
João, give me that thingummy / thing / thingy / thingamabob / thingamajig over there.
Como você percebe, há diversas palavras pra referir-se ao que, em Português, traduziríamos como troço, negócio, coisa. Todas, porém, com um radical em comum: thing (coisa). Fugindo um pouco desse padrão, poderíamos usar também what-cha-ma-call-it, como em:
João, give me that what-cha-ma-call-it.
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